CPI não revelará informações sigilosas de Lula, diz Dilma Rousseff

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta quarta-feira (6), em entrevista coletiva, que não acredita que os parlamentares revelarão informações sigilosas sobre despesas relacionadas à segurança da Presidência da República e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma possível CPI dos Cartões Corporativos. "Não acredito que a CPI queira abrir (as informações relativas a) esses gastos. Não acho que os parlamentares farão isso", afirmou.

Ao lado de Dilma Rousseff, o ministro da Secretaria de Comunicação do Governo, Franklin Martins acrescentou que "o Congresso sempre teve responsabilidade e preocupação e não abriria esse tipo de dado sigiloso". Ao defender o sigilo dos gastos com segurança, a ministra explicou que a divulgação desses dados revelaria o número de pessoas que trabalham no setor.

Dilma Rousseff também voltou a defender a existência dos cartões corporativos, por considerá-los "um avanço". Para ela, os cartões dão transparência às contas do governo e permitem o rastreamento de compras pela internet. Ela disse ainda que o saque de dinheiro por meio de cartões corporativos é totalmente proibido, a menos que haja uma autorização do ministro da área em que atua o servidor e que, para isso, é preciso saber quanto está sendo sacado e para quê.

Dilma Rousseff disse que a divulgação de dados relativos a compras de gêneros alimentícios para o Palácio Planalto continua proibida e só ocorreu por uma falha no sistema de informatização. A ministra disse lamentar "profundamente" a divulgação das informações e informou que o presidente do Banco do Brasil, Francisco Lima Neto, esteve na Casa Civil dando explicações sobre o erro.

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