CPI mostra que há resistências

Brasília – O líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), disse ontem que o grande número de adesões à CPI dos Correios não o surpreende porque é uma questão de resistência e de sobrevivência do Legislativo, "que não pode ser subserviente ao Palácio do Planalto". "Lula e os seus aliados imaginaram que intimidariam os congressistas. A reação às pressões teve um efeito desastrado para o governo. Poucos deputados acusaram o efeito da pressão e retiraram o nome. Em contrapartida, há um crescente número de apoios, que deverá continuar até o prazo final de assinaturas", afirmou Aleluia.

Aleluia entende que a publicação pela imprensa dos nomes de parlamentares que apóiam a CPI e também daqueles que puseram a assinatura e depois a retiraram acabou por provocar na sociedade um clamor em defesa da instalação da CPI.

"Se o governo Lula tivesse apurado devidamente o escândalo Waldomiro, jamais aconteceriam tantas irregularidades, como estão sendo denunciadas pela imprensa. A omissão diante do caso Waldomiro, um dos mais notórios funcionários do Palácio do Planalto, sob Lula, acabou por estimular outros escândalos, como o dos vampiros, no Ministério da Saúde, e agora, o dos Correios", criticou.

O vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar, disse ontem que o governo não está preocupado com as ações da comissão parlamentar de inquérito (CPI) dos Correios. "A investigação é até boa para o investigado, que terá grande oportunidade de aprovar a inocência", disse, referindo-se ao presidente nacional do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), acusado de envolvimento nas denúncias de cobrança de propina nos Correios.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo