Brasília (AE) – A CPI do Tráfico de Armas vai ouvir o chefe da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Camacho, o Marcola, no dia 8 de junho, no presídio de Presidente Bernardes, a 605 quilômetros de São Paulo. A data e o local foram definidos em reunião da comissão encerada há pouco.
Os deputados Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e Luiz Couto (PT-PB) queriam ouvir Marcola na própria Câmara, mas a maioria decidiu que seria melhor no próprio presídio. O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) já havia vetado a presença de Marcola nas dependências da Casa.
Na semana passada, a CPI havia resolvido que o depoimento seria no Fórum de Barra Funda, na capital paulista. Mas, por questões de segurança e prudência, a CPI acertou com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo o depoimento no próprio presídio.
O requerimento para convocar Marcola já havia sido aprovado no início do mês e o depoimento estava previsto, inicialmente, para 30 de maio. Os ataques em São Paulo e a confirmação do vazamento de depoimento de uma sessão secreta da CPI, no dia 10, mudaram os planos.
Os advogados Sérgio Weslei da Cunha e Maria Cristina de Souza Rachado, acusados pela CPI de integrarem o PCC, são acusados de terem comprado, por R$ 200, um gravação do depoimento de sessão secreta da comissão na qual o diretor do Deic, Godofredo Bittencourt Filho, e o delegado Ruy Ferraz confirmaram a transferência de líderes do PCC. Essa informação, teria precipitado a série de ataques e rebeliões em todo o estado, iniciada no dia 12.
