Representantes do Tribunal de Contas da União (TCU) e o ex-ministro do Planejamento no governo Fernando Henrique Cardoso, Paulo Paiva, serão os primeiros a falar à Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos. Os depoimentos estão marcados para terça-feira (18). Paulo Paiva chefiava a pasta no governo Fernando Henrique Cardoso, quando o cartão corporativo foi adotado no governo federal.
Na quarta-feira (19), serão ouvidos os ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, e Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União (CGU). O objetivo é esclarecer os parlamentares da comissão sobre o uso e as investigações quanto aos cartões corporativos.
As autoridades da área de segurança federal serão ouvidas apenas depois da Semana Santa. No dia 25, estarão na CPMI o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, ministro Armando Félix, e o diretor-geral da Agência Brasileira de Informação (Abin), Paulo Lacerda, além dos chefes dessas instituições no governo Fernando Henrique: Alberto Cardoso, ex-ministro do GSI, e Mauro Marcelo Lima e Silva, ex-diretor-geral da Abin.
A previsão é de que os requerimentos que pedem acesso a dados sigilosos de cartão corporativo da Presidência da República só sejam votados no dia 26. De autoria dos deputados democratas Índio da Costa (RJ) e Vic Pires Franco (PA), o requerimento pede informações à Casa Civil sobre os gastos com cartão corporativo do governo federal desde que começou a ser usado em 2002, o nome do titular do cartão, o limite mensal, o detalhamento dos gastos e cópia das notas fiscais das compras.