A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Congresso Nacional que investiga a remessa ilegal de dólares para o exterior deve votar na próxima terça-feira (1.º de julho) seu primeiro roteiro de atividades. Os senadores e deputados devem começar ouvindo relato dos policiais que trabalharam na investigação da remessa de cerca de US$ 30 bilhões por meio de contas CC-5, por intermédio da agência do Banestado em Nova York.
Também devem ser definidas as regras para o tratamento das informações recolhidas pelos parlamentares. A preocupação do presidente da CPI, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), é evitar o vazamento de informações sigilosas. A comissão funcionará durante o período de recesso do Legislativo – todo o mês de julho.
A CPI foi instalada na última terça-feira (24), quando foram eleitos o presidente, o vice-presidente, deputado Rodrigo Maia (PFL-RJ), e o relator, deputado José Mentor (PT-SP). Tão logo a mesa da comissão tomou posse, o senador Jorge Bornhausen (PFL-SC) pediu a palavra para fazer esclarecimentos sobre as notícias de que teria envolvimento com a remessa ilegal de recursos por meio das contas CC-5.
Bornhausen apresentou certidões, ofícios e expedientes do Banco Central, Banco do Brasil, Procuradoria Geral da República, Banco Araucária e Banestado que comprovariam a inexistência de qualquer registro em seu nome de remessa ou recebimento de valores via contas CC-5.