Brasília – A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Banestado decidirá terça-feira (30) quando começarão os trabalhos de suas oito subcomissões, criadas anteontem. Os grupos se deslocarão para cinco Estados brasileiros e para o Uruguai e devem investigar in loco denúncias recebidas ao longo dos três primeiros meses de trabalho da comissão. Também devem ouvir pessoas que estão presas e têm ligações com a lavagem de dinheiro e a remessa ilegal de divisas para o exterior – como, por exemplo, José Arcanjo Ribeiro, o “Comendador”, que está preso em Montevidéu (Uruguai).

Além dessas oito, foi criada uma nona subcomissão, que terá a missão de consolidar o trabalho da primeira etapa de investigações. Essa subcomissão abordará a legislação sobre lavagem e remessa de dinheiro para o exterior, bem como as autorizações especiais concedidas pelo Banco Central para os bancos Banestado (Banco do Estado do Paraná), Araucária, Banco do Brasil, Banco Real e Bemge (Banco do Estado de Minas Gerais)para de atuarem em contas CC5 em Foz do Iguaçu. Além disso, deve analisar o comportamento desses cinco bancos que receberam as tais autorizações e fazer sugestões para o Legislativo e o Executivo relativas a questões cambiais. Dessa subcomissão, como nas demais, deverá participar, sempre, um membro da direção da CPMI.

Somente em São Paulo atuarão três subcomissões. Na capital, uma delas deve examinar a atuação de empreiteiras em superfaturamentos e denúncias de pagamento de propinas aos ex-prefeitos Paulo Maluf e Celso Pitta, principalmente nas obras de construção da avenida Águas Espraiadas e do túnel Ayrton Senna.

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