Amigos do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, os empresários Roberto Carlos Kurzweil e Roberto Colnaghi vão depor na CPI dos Bingos, em data a ser marcada. A convocação foi aprovada ontem, por iniciativa do líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), para falar sobre dois episódios: a suposta doação de US$ 3 milhões do governo de Cuba para a campanha do PT em 2002 e os negócios que mantêm em Angola, até onde se sabe, favorecidos por linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A CPI descobriu na Junta Comercial de São Paulo que Kurzweil é sócio dos empresários de bingos de origem angolana que teriam oferecido a Palocci R$ 1 milhão para serem usados na campanha de Lula em 2002. Em depoimento à comissão, o advogado Rogério Buratti, ex-assessor de Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto, disse que em troca do dinheiro os ?bingueiros? esperavam a regulamentação do jogo o País.
Kurzweil é, ainda, dono da locadora que emprestou o Ômega blindado que teria sido usado para transportar, de Campinas para São Paulo, os dólares de Cuba. Já Colnaghi, é dono do avião Sêneca que teria transportado o dinheiro e um dos sócios do jato Citation, prefixo PT-XAC, utilizado por Palocci na campanha presidencial. Buratti aponta, ainda, Colnaghi como sendo o idealizador da compra do banco de investimentos Equity, pertencente ao Banco Prosper. Colnaghi e Kurzweil, têm negócios em Angola. A CPI suspeita que ambos teriam sido favorecidos por recursos ?carimbados? do BNDES.
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