São Paulo (AE) – Integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas estarão em São Paulo na quinta-feira para ouvir Marcos Camacho, o Marcola, acusado de liderar a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que atua nos presídios do estado de São Paulo. O depoimento será realizado no presídio de Presidente Bernardes (SP). O horário não foi divulgado, por segurança.
Na semana passada, os deputados haviam decidido ouvi-lo no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. Porém, segundo relato da deputada Laura Carneiro (PFL-RJ), o secretário da Segurança Pública do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, argumentou que seria contraproducente para o trabalho que está sendo feito se Marcola fosse removido do presídio de segurança máxima.
Os deputados Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e Luiz Couto (PT-PB) foram contrários à alteração do local e argumentaram que uma secretaria de segurança ?não pode se curvar a um bandido?. Porém, os deputados Alberto Fraga (PFL-DF) e Raul Jungmann (PPS-PE) afirmaram que a presença de Marcola em São Paulo poderia criar um clima de insegurança e até pânico na população, ainda traumatizada pelos atentados do mês passado.
Já a possibilidade de Marcola ser ouvido nas dependências da Câmara havia sido vetada pelo presidente da Casa, Aldo Rebelo.