Começa a funcionar na próxima quarta-feira, às 14h30, no plenário 8, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar a Serasa, empresa suspeita de usar de forma ilegal informações bancárias que só deveriam ser repassadas aos bancos conveniados. A reunião é para definir o roteiro de trabalhos da Comissão.
De acordo com o autor do requerimento para a instalação da CPI, deputado Fernando Giacobo (PPS-PR), a empresa estaria agindo acima da Justiça ao divulgar informações sigilosas, o que caracteriza quebra de sigilo fiscal do consumidor.
CONVÊNIO
A Serasa mantém em seu banco de dados informações sobre a situação bancária dos consumidores, repassadas, mediante convênio, pela Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban). O convênio proíbe a empresa de transferir essas informações a terceiros, seja como serviço pago ou gratuito.
A Serasa divulgou nota garantindo que todas as informações de seu banco de dados são obtidas de fontes formais e oficiais, e que não tem acesso a informações sigilosas sobre os consumidores. Ela rebate as denúncias de que não declara Imposto de Renda, diz estar em dia com todos os impostos federais, estaduais e municipais, e garante ter recolhido em 2002 R$ 46,5 milhões em impostos. (Agência Câmara)
