CPI continuará investigando Denise Abreu, informa relator

Apesar de ter deixado o cargo de diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu continua a ser investigada pela CPI do Apagão Aéreo do Senado. Os dados dos sigilos bancário, fiscal e telefônico, quebrados pelos senadores esta semana, serão analisados pelos técnicos da CPI assim que forem enviados pelos bancos, pela Receita Federal e pelas companhias telefônicas, informou nesta sexta-feira (24) o relator da CPI, Demóstenes Torres (DEM-GO). "Foi bom para o Brasil. Ela estava comprometida, com a imagem desgastada. E o setor aéreo exige confiança. Agora, a Anac devia deixar de existir", afirmou Demóstenes.

Integrante da CPI do Apagão Aéreo da Câmara, o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) considera fundamental que os demais diretores da Anac sejam investigados. "Não há motivo para comemorar, isto só reforça a tragédia da gestão. Denise Abreu não pode ser responsável sozinha", afirma. Para Fruet, pesou no pedido de demissão a decisão do ministro da Defesa, Nelson Jobim, de abrir inquérito para investigar o envio de documento sem valor legal ao Tribunal Regional Federal (TRF) de São Paulo. "Quando se abre o processo administrativo, a pressão aumenta: ou renuncia ou é afastada. Ela preferiu renunciar", disse.

Para o vice-presidente da CPI da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a situação de Denise era "politicamente insustentável" e a ex-diretora "teve a melhor atitude, para o bem dela". Além do inquérito que será aberto segunda-feira no Ministério da Defesa, Cunha acredita que foram decisivos na saída de Denise Abreu o desempenho no depoimento contraditório feito aos deputados, ontem, e a decisão do Ministério Público Federal em São Paulo de investigar Denise por suspeita de falsidade ideológica ou de falso testemunho.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo