Coutinho diz que BNDES prestou esclarecimentos à PF

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, assinou um comunicado aos funcionários da instituição em que diz que o banco está "em contato com a Polícia Federal, a qual foram prestados esclarecimentos sobre as operações" sob investigação na Operação Santa Tereza, que apura suspeitas de desvio de recursos do banco. Não há detalhes no texto sobre quais foram esses esclarecimentos.

Na terça-feira (6), o banco havia informado não ter sido notificado ainda das investigações pela PF. Agora, a instituição admite já estar oficialmente notificada das investigações. No comunicado, recebido na manhã de hoje pelos funcionários do BNDES por e-mail Coutinho relata também que a instituição pediu informações ao Ministério Público Federal sobre o assunto, sem precisar quais foram pedidas, e afirma que o banco prestará esclarecimentos ao Poder Judiciário.

No comunicado, Coutinho coloca o BNDES como vítima. "Na qualidade de vítima de suposta ação criminosa, é desnecessário afirmar que esta instituição e seus funcionários são os maiores interessados em que tudo seja esclarecido o mais rápido possível", diz. "E é nesse espírito que estamos em contato com a Polícia Federal", prossegue. Coutinho afirma no comunicado a "firme confiança na excelência técnica, no rigor analítico e sobriedade que sempre pautaram a ação do BNDES". Também fala da "eficiência e blindagem de nossos instrumentos e procedimentos".

De acordo com uma fonte, a sindicância interna aberta pela instituição na semana passada até agora não encontrou nenhuma evidência de irregularidade por parte de funcionários do banco. A Operação Santa Tereza chegou a prender temporariamente um integrante do Conselho de Administração do BNDES, o advogado Ricardo Tosto, que após ser solto deixou o cargo, para o qual foi indicado pela Força Sindical.

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