O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse nesta terça-feira (4) acreditar que o governo encontrará uma solução rápida para baratear o custo do conversor de TV digital. Estão em estudo medidas para desonerar a produção do equipamento em todo o País, a exemplo das que foram concedidas no início do ano para a Zona Franca de Manaus.
"Acho que estamos no bom caminho. Eu devo ter recebido hoje pelo menos 10 ligações de empresários que disseram que estão dispostos a trabalhar no conversor popular", afirmou Costa, depois de participar da assinatura de contratos para a instalação de Telecentros. A idéia é garantir que sejam ofertados no mercado conversores de R$ 200.
O ministro considerou um "absurdo" o fato de o benefício fiscal estar concentrado apenas na Zona Franca de Manaus. "Acho que ele deve ser estendido a outras regiões do País, para que todos aqueles que tenham condições de produzir o conversor por menor custo tenham o mesmo benefício", acrescentou.
Interatividade
Costa disse que os conversores que forem colocados à venda no mercado nacional têm que ter a tecnologia brasileira Ginga, que permite a interatividade. Segundo ele, a exigência do Ginga está prevista nas normas técnicas definidas pelo Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital, formado por representantes do governo, das emissoras de TV, indústria e universidades.
O Ginga foi criado por pesquisadores da PUC do Rio de Janeiro e da Universidade Federal da Paraíba. A tecnologia está entre as inovações desenvolvidas no Brasil e que foram associadas ao padrão japonês de TV digital. Com a interatividade, o telespectador poderá usar o conversor em funções próprias da internet, como acessar e-mails e fazer compras.