Correio leva maconha rápido ao Rio de Janeiro

Rio – A Polícia Federal apreendeu ontem de madrugada, no Rio, um caminhão da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) que transportava cerca de 1,5 tonelada de maconha. O motorista Daniel Esteves, 27, que guiava o veículo, foi preso. Segundo a delegacia da Polícia Federal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, para onde o caminhão foi encaminhado, Esteves disse que estava de licença no trabalho e que, no sábado, foi até a garagem da empresa, em Bonsucesso (zona norte do Rio), pegou o caminhão e seguiu para a cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, onde ele adquiriu a droga. Segundo a policia, a maconha seria distribuída nas favelas de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, e no Morro do Turano, na zona norte da cidade.

O caminhão, que estava sendo perseguido pela polícia, foi apreendido por volta das 4h, na altura do km 238 da Via Dutra, no município de Piraí, depois de perder o controle e bater contra uma mureta. Os “tijolos” de maconha estavam em caixas do próprio Correio. A assessoria de imprensa da ECT afirmou que a apreensão foi o resultado de ação conjunta dos Correios e da Polícia Federal.

As investigações começaram há cinco meses, em decorrência dos constantes assaltos e furtos de caminhões da empresa para roubo de carga e para outras ações criminosas. Os Correios aguardam a conclusão dos trabalhos da Polícia Federal para adotar providências internas sobre o caso.

O ministro das Comunicações, Miro Teixeira, informou ontem que os veículos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) passarão a ser fiscalizados pelas polícias Federal e Rodoviária, para evitar que sejam desviados para uso em operações ilegais, como tráfico e contrabando. O anúncio foi feito em entrevista na qual Miro estava acompanhado do diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda; do secretário executivo do Ministério da Justiça, Luís Paulo Barreto, e do presidente da ECT, Antônio Dipp.

Miro informou que havia solicitado ajuda da Polícia Federal e do Ministério da Justiça no dia 10 de julho, em reunião no próprio ministério. Na ocasião, o ministro teria repassado denúncia sobre a suspeita do uso de veículos dos Correios em ações criminosas. Veículos estavam sendo roubados à noite e apareciam de manhã com quilometragem indicando uso intenso.

Segundo Lacerda, a polícia pretendia acompanhar a entrega do produto no Rio, para identificar os contatos dos traficantes. “O acidente abortou um trabalho mais profundo que ia ser realizado”, disse.

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