Noventa policiais civis de São Paulo são investigados pela Corregedoria da corporação, acusados de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis, segundo o delegado-geral Domingos Paulo Neto. De janeiro a junho foram apreendidos 20.967 equipamentos na capital e Grande São Paulo, aumento de 16,48% em relação ao mesmo período de 2008. O 77º Distrito Policial (Santa Cecília) acumula o maior número de máquinas.
Como os equipamentos não são destruídos com frequência – já que a Justiça define o que será feito com eles -, o prédio do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania, na Avenida São João, no centro de São Paulo, que ainda nem foi inaugurado, está com um dos andares cheios de máquinas. Para desafogar esse imóvel e os corredores das delegacias, Paulo Neto diz ter pedido ajuda da Prefeitura para viabilizar depósitos.
Na semana passada, o delegado-geral também assinou uma portaria para padronizar as questões relacionadas aos caça-níqueis em todo o Estado. Entre as normas, destaca-se um relatório que deve ser obrigatório a todos os delegados titulares dos distritos. No documento, os titulares terão de prestar contas a Paulo Neto. A Polícia Civil quer punir com processos de improbidade os delegados que forem omissos no combate aos jogos com máquinas.