A matéria informava erroneamente que a Lei nº 13.855 havia sido aprovada no município. A lei, na verdade, é federal. Segue texto corrigido.
Cinco homens renderam o motorista de um ônibus do transporte coletivo e puseram fogo no veículo, na madrugada desta segunda-feira, 22, em Poá, região metropolitana de São Paulo.
O motorista Célio Benedito dos Santos teve o corpo embebido com gasolina, mas conseguiu escapar. Os criminosos disseram que pretendiam “vingar” a morte de um suspeito, baleado pela polícia na noite de domingo, no Jardim Débora. Após o ataque, a empresa Radial Transporte Coletivo recolheu parte da frota.
O motorista contou à polícia que parou para pegar um suposto passageiro e, quando abriu a porta, o ônibus foi invadido por outras quatro pessoas armadas. Eles o renderam e obrigaram que levasse o veículo até a rua Estado do Espírito Santo, onde usaram galões com combustível para atear fogo ao coletivo. Antes, tiraram o motorista do ônibus e espalharam gasolina e etanol em seu corpo. O condutor aproveitou um descuido dos suspeitos para fugir. As chamas consumiram totalmente o veículo.
Conforme a Polícia Civil, o ataque pode ter sido ordenado pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que tentaria controlar o transporte clandestino na cidade, mas ainda é necessário avançar nas investigações. À polícia, a empresa informou que vinha recebendo ameaças, por isso retirou vários ônibus de circulação – uma das linhas foi totalmente paralisada.
A direção da Radial informou que está em contato com Polícia Militar para retomar o transporte e repudia os estímulos à violência e ação do crime organizado, que participa do transporte clandestino. “As ameaças contra a empresa se agravaram após ser aprovada a Lei n.o 13.855, que criminaliza o transporte clandestino de passageiros”, informou em nota.