A nota enviada às 14h47 continha uma incorreção no primeiro e no segundo parágrafos, quando cita o Tribunal Regional do Rio de Janeiro (TRE-RJ), que apenas emprestou as urnas para o evento. Segue versão corrigida.
O transporte irregular de eleitores é até o momento o campeão de reclamações na Ouvidoria montada com 15 procuradores do Ministério Público durante a votação dos Conselhos Tutelares, órgãos que zelam pela proteção de crianças e adolescentes no País.
Em uma disputa que este ano está sendo marcada pela polarização entre candidatos católicos e evangélicos, de vários pontos da cidade partem denúncias de ônibus ou vans carregadas de eleitores “fiéis”.
Segundo a promotora Rosana Cipriano, do Ministério Público do Rio de Janeiro, que faz parte da força-tarefa na Ouvidoria, até por volta das 13 horas já eram mais de 80 denúncias, que envolvem também problemas na votação e concessão de vantagens indevidas, como a concessão de cestas básicas. “Mas o transporte irregular com certeza é o que tem mais reclamações”, disse a promotora, que pede para que os denunciantes sejam “os mais detalhistas possíveis” e de preferência mandem fotos dos veículos com os eleitores para facilitar a autuação.
“Muitas denúncias não são pertinentes, por isso precisamos que sejam detalhistas, para facilitar o trabalho da polícia”, explicou. Ela informou que, apesar do grande número de denúncias, até o momento não foi registrada nenhuma prisão.
Os conselheiros tutelares são eleitos a cada quatro anos e cuidam dos direitos da infância e da adolescência. No Rio, o Ministério Público Estadual já vinha investigando denúncias de compra de votos e aluguel de vans para transporte de eleitores, crime que também ocorre nas eleições para cargos do executivo como prefeito, governador ou presidente da República, destacou a promotora.