Os dois corpos encontrados hoje em Ilha Grande, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, provavelmente são das turistas paulistas Emanuele Rodrigues Neto e Fernanda Muraca, de acordo com o diretor de Operações do Corpo de Bombeiros, Carlos Bonfim. Elas passavam as festas de fim de ano em uma casa alugada no balneário. Bombeiros e mergulhadores ainda procuram a última vítima do deslizamento, identificada por parentes como Roseli Marcelino Pedroso, de 34 anos.

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Depois de quatro dias de isolamento, com falta de água e luz, os moradores do bairro de Vila Velha, em Angra dos Reis, tentam voltar à rotina. Até o início da noite de ontem, as 300 famílias que vivem na comunidade e nos condomínios de luxo da região, a cerca de 10 quilômetros do centro do município, só conseguiam acessar os demais pontos da cidade com embarcações. Única via de ligação do bairro, a Estrada do Contorno estava totalmente interditada desde as primeiras horas do dia 1º, quando uma forte chuva castigou Angra dos Reis e acabou provocando 52 mortes com os dois encontrados ontem na enseada do Bananal.

Por toda a Estrada do Contorno o cenário é de destruição. Toneladas de terra e lama se acumulam na pista – uma via de mão dupla de 18 quilômetros que vai do centro da cidade até o bairro Encruzo da Enseada. Em muitos pontos, apenas uma pista da estrada está aberta, para a passagem de um veículo por vez.

No Morro da Carioca, o Corpo de Bombeiros prossegue na busca do corpo da última pessoa desaparecida no deslizamento de terra que ocorreu na madrugada do dia 1º, Alessandra Emídio de Carvalho, de 11 anos. A operação para demolir parte das casas condenadas prossegue.

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