A polícia do Rio prendeu na manhã deste sábado a médica suspeita de ter contratado o estudante do 5º período de Medicina, Alex Sandro da Cunha Silva, de 33 anos, que atendeu e liberou a menina Joanna Cardoso Marcenal Marins, de 5 anos, que sofria de convulsões e pode ter sido vítima de maus-tratos. Ela morreu na sexta-feira, depois de ter ficado internada em coma por 26 dias em uma outra clínica da cidade.

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A médica Sarita Fernandes Pereira é coordenadora da Pediatria do Hospital RioMar, na zona oeste da cidade, onde Joanna foi atendida por Alex. A polícia ainda procura o estudante de medicina, que atuava como pediatra, e que teve a prisão pedida pela Justiça. Ele está sendo considerado foragido.

Joanna havia procurado o RioMar sofrendo convulsões, com hematomas nas pernas, e marcas de queimaduras nas nádegas e no tórax. Segundo a polícia, o estudante teria receitado um medicamento e liberado a criança, apesar de ela ainda estar desacordada. Além do RioMar, Joanna passou ainda pelo Hospital das Clínicas de Jacarepaguá, antes de ser internada em coma na clínica Amiu, na zona sul, no dia 19 de julho.

A Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima investiga tanto a atuação de Alex quanto a suspeita de maus-tratos contra a criança, devido às marcas encontradas em seu corpo. A menina era alvo de uma disputa na Justiça por sua guarda. Ela estava sob a guarda do pai, o técnico judiciário André Rodrigues Marins, desde o dia 26 de maio. De acordo com a polícia, relatórios preliminares do Instituto Médico Legal (IML) apontam que as queimaduras teriam acontecido quando Joanna estava sob a responsabilidade de André, mas apenas uma perícia detalhada poderá comprovar a causa e o momento exato dos ferimentos. O enterro de Joanna deve acontecer hoje, no município de Mesquita, na Baixada Fluminense.

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