Brasília – Juros menores, mais recursos e a efetivação de medidas estruturantes para o setor agrícola ? essas eram as medidas que o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes, disse esperar do Plano Agrícola e Pecuário 2007/2008, lançado nesta quinta-feira (28).

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?Esperávamos um plano com disponibilidade maior de recursos, uma taxa de juros menor e uma série de medidas estruturantes que estão sendo prometidas, mas que não se efetivam em termos de política pública. São medidas como a do seguro, da desoneração tributária, como a redução das alíquotas de importação dos nossos insumos. Isso está nos discursos a cada plano de safra, mas não se efetiva como política pública?, disse Lopes.

Em relação às medidas do Plano para dar maior segurança ao produtor, como o Seguro Rural e o Fundo de Catástrofe, ele criticou: ?Há quatro anos se falou na implantação desse Fundo e do aporte de recursos para subsidiar o prêmio do seguro. Mas no ano passado, esse foi o primeiro recurso contingenciado".

Para Márcio Lopes, o Plano Agrícola e Pecuário não solucionará um dos grandes problemas dos agricultores: o endividamento.

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?É muito complexo discutir essa dívida se não houver um diagnóstico do perfil dela e da capacidade de renda de cada setor. O plano de safra ajuda, porque reduz a taxa de juros, mantém o produtor no processo de produção, mas não resolve. Precisamos de medidas estruturantes?, destacou. Mas ressalvou que "o Plano é ascendente, a cada ano aumentam os recursos e cai a taxa de juros".