A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Banestado transferiu para a próxima terça-feira (dia 22) a reunião que seria realizada hoje para votar uma pauta de cerca de 40 requerimentos. Entre eles, o que convoca o ex-prefeito Paulo Maluf para prestar esclarecimentos. Até o final deste mês, o relator da comissão, deputado José Mentor (PT-SP), deverá apresentar um relatório parcial sobre as investigações, já que os trabalhos da comissão foram prorrogados por 180 dias.
Lisura na investigação
O presidente da CPMI, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), rebateu as críticas sobre manobras, feitas pelo relator, afirmando que “a CPI não tem dono”. “Ela é de todos os parlamentares. Elaboramos uma pauta para que todos os parlamentares se sintam responsáveis pela investigação”, assegurou o senador.
Paes de Barros afirmou ainda que, para sanar as dúvidas, decidiu colocar hoje em votação os requerimentos que foram sobrestados (aguardando apreciação em momento mais oportuno) pelo relator, para ratificar a lisura do processo de investigação. Segundo o senador, o relator não tem dado explicações concretas sobre o motivo de sobrestar os requerimentos.
Convocação
O relator reclama que a pauta apresentada pelo presidente da CPMI traz requerimentos sobrestados e adiados (cuja aprovação já foi negada pela CPMI), “o que, evidentemente, demonstra a desnecessidade da apreciação, agora, para as investigações”.
No que se refere à convocação de Paulo Maluf, o relator diz que a CPMI já debateu esse assunto exaustivamente em agosto de 2003 e maio de 2004, quando foram aprovados requerimentos de sua autoria que solicitam cópias de toda essa documentação da Suíça.
“A exemplo do que aconteceu com o ex-prefeito Celso Pitta, entendo que a CPMI deve primeiro dispor de documentos comprobatórios, ou, no mínimo, de indícios que sustentem as indagações a qualquer convocado. A CPMI, infelizmente, ainda não recebeu os documentos da Suíça sobre o Paulo Maluf”, explicou o relator.