O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) informou hoje, em nota, que os sindicatos dos aeronautas (tripulantes) e aeroviários (profissionais que atuam em solo) firmaram hoje, no Rio de Janeiro, convenção coletiva de trabalho que concedeu reajuste salarial de 8,75% – 2,5 ponto porcentual de ganho real – aos cerca de 52 mil trabalhadores das empresas aéreas de todo o País.
“As empresas concederam aumento real acima do índice de inflação medido pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que acumulou 6,08% de dezembro de 2009 a novembro de 2010”, declarou o presidente do Snea, José Márcio Mollo, no comunicado à imprensa. Ele acrescenta que o mesmo índice é aplicado às cláusulas econômicas: vale-refeição, cesta básica, diárias de alimentação e hospedagem e seguro de vida.
Os pisos salariais de aeronautas e aeroviários tiveram reajuste de 10%. Os acordos firmados entre as entidades sindicais têm vigência retroativa a 1º de dezembro, data-base das categorias. Os porcentuais foram pactuados em assembleias dos trabalhadores realizadas ontem em todo o País, algumas iniciadas às 5 horas da manhã, para colher a posição das equipes que trabalham durante a madrugada.
Na assinatura da convenção, os trabalhadores do setor foram representados pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas, Sindicato Nacional dos Aeroviários, além dos sindicatos de Aeroviários de Porto Alegre, Guarulhos, Pernambuco, São Paulo (Saesp), Rio de Janeiro (Simarj) e Amazonas (Sindamazon).
O reajuste para as categorias foi acordado depois de meses de negociações conturbadas. Às vésperas do Natal, quando milhões de brasileiros lotariam os terminais aeroportuários de todo o País, aeroviários e aeronautas programaram uma greve para pressionar as companhias aéreas a elevar a oferta de reajuste, então de 6,08%, que representava as variações de preços medidas pelo INPC nos 12 meses anteriores.