Um levantamento para identificar o risco de bairros e cidades do País registrarem casos de dengue deverá ser ampliado a partir deste ano. A técnica, batizada de Levantamento do Índice Rápido de Infestação por “Aedes aegypti” (LIRAa), atualmente é adotada em apenas 169 municípios considerados prioritários. A ideia é que ela passe a ser feita em todas as cidades onde haja infestação do mosquito – algo em torno de 4 mil.

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A recomendação faz parte das Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue – documento lançado ontem pelo Ministério da Saúde e pelos conselhos de secretários estaduais (Conass) e dos municipais (Conasems). O acordo traz regras gerais para enfrentar a doença e estabelece quais são as atribuições da União, de Estados e municípios na tarefa. Algo que pode ajudar a reduzir a troca de acusações, comum em epidemias, sobre de quem é a responsabilidade do aumento de casos da doença.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, diz que não será necessário maior aporte de recursos para que municípios passem a executar o LIRAa. “O que é necessário é apoio técnico, algo que vamos ajudar.” Com base no LIRAa, os municípios podem avaliar quais são os locais onde há maior concentração do Aedes aegypti, e, portanto, maior risco de surtos de dengue. Com o mapa, é possível concentrar esforços em áreas prioritárias para a retirada de focos do mosquito – locais com água limpa e parada.

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