O secretário municipal de Obras do Rio, Eider Dantas, eximiu a prefeitura de responsabilidade pelo deslizamento de terra entre as duas galerias do Túnel Rebouças, principal via de ligação da zona sul com a zona norte, que parou a cidade. Ele afirmou que a prefeitura fez "o correto, mas contra dilúvio só mesmo a Arca de Noé".
Diariamente, 220 mil veículos passam pelo local. A prefeitura estimou que precisará remover pelo menos 500 caminhões lotados de barro para liberar as pistas, mas o trabalho só poderá começar quando a chuva parar. "Se parasse de chover nesta quarta-feira (24) eu liberaria as pistas amanhã à tarde. Mas isso depende fundamentalmente de papai do céu", disse.
"Foram 210 milímetros nas últimas 24 horas, o que representa a chuva de 40 dias em condições meteorológicas normais. É água que não acaba mais", declarou. O serviço de meteorologia informou, porém, que o índice de chuvas foi de 117 milímetros. "A prefeitura investiu R$ 200 milhões em 12 anos na contenção de encostas. Antes, era muito pior. Estamos fazendo o melhor. Nós retiramos da encosta 40 construções irregulares anos atrás, e tínhamos reflorestado tudo.
Rompimento
O prefeito César Maia (DEM) afirmou que o problema pode ter sido causado pelo possível rompimento, ontem, de uma tubulação da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae) que passa pela encosta e abastece moradores na parte de cima do morro. A Cedae negou a acusação. Segundo a Assessoria de Imprensa da companhia, não foi detectado nenhum vazamento e mesmo assim o abastecimento no local foi interrompido.