Os consórcios terão uma nova área de atuação, que deverá causar impacto também na saúde e na educação. A partir desta sexta-feira (6) serviços médicos, próteses dentárias, cirurgias plásticas, pacotes de informática e até acesso a cursos de pós-graduação no exterior ou outros serviços educacionais também poderão ser adquiridos por meio desse instrumento financeiro. Na legislação anterior, apenas bens móveis e imóveis podiam ser adquiridos com o crédito do contemplado.
As novas regras foram aprovadas no ano passado pelo Congresso e regulamentadas ontem pelo Banco Central. Permitem ainda que clientes contemplados usem a carta de crédito para quitar financiamentos nos bancos. A legislação tenta dar mais segurança aos cotistas ao elevar as exigências para o funcionamento das administradoras de consórcios. Segundo o Banco Central, a compra de serviços via consórcio era uma demanda antiga de clientes e instituições que administram os grupos.
O pedido vinha principalmente dos usuários que têm dificuldade em comprovar renda. Pelas novas regras, no caso de desistência, cotistas passarão a ter tratamento diferenciado. Até hoje, quem desiste do consórcio tem de vender a cota para outro cliente ou esperar o fim do grupo para receber o dinheiro. Para novos grupos, desistentes poderão receber as parcelas antes, quando forem contemplados. Nesse caso, o cliente que desistir do grupo pode dar um lance para ser contemplado e, assim, receber o que foi pago.