Consórcio ajuda a reduzir mortes por causa de leucemia

Uma iniciativa inédita de membros da Associação Americana de Hematologia (ASH, na sigla em inglês) resultou na criação de um consórcio internacional de especialistas com o objetivo específico de diminuir a mortalidade por leucemia promielocítica aguda (LPA) nos países em desenvolvimento. O projeto permitiu que, no Brasil, o tratamento da doença atingisse eficácia semelhante ao oferecido por Estados Unidos e Europa.

Os resultados do projeto foram publicados nesta semana no site da revista Blood, publicação da ASH. O artigo é assinado pelo médico Eduardo Rego, coordenador no Brasil do Consórcio Internacional de Leucemia Promielocítica Aguda (IC-APL) e pesquisador do Centro de Terapia Celular do Hemocentro de Ribeirão Preto (CTC-HRP).

Segundo Rego, que é diretor da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), a LPA é um tipo de leucemia rara e agressiva. Mas, nos países desenvolvidos, onde o diagnóstico é feito precocemente, apenas 6% dos pacientes morrem nos primeiros 30 dias. A sobrevida global em três anos é de quase 90%. Já no Brasil, 30% dos pacientes morrem nos primeiros 30 dias e a sobrevida global após três anos é de 52%.

O médico conta que o grupo internacional partiu de um brainstorm para definir um novo protocolo para diagnóstico e atendimento da doença que levou em conta a realidade dos países em desenvolvimento.

Com o novo protocolo e a possibilidade de networking entre os maiores especialistas do mundo, a sobrevida global dos pacientes brasileiros que participaram do estudo aumentou para 80% e a mortalidade precoce diminuiu para 15%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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