Pelo menos 4,5 mil pessoas se passaram por profissionais no Estado de São Paulo nos últimos 18 meses, e foram denunciadas pelos conselhos de classe. Os falsários aplicaram golpes no papel de farmacêuticos, dentistas, fisioterapeutas, corretores de imóveis e advogados, causando danos à saúde e às finanças das vítimas.
Só na semana passada foram duas ocorrências registradas pelo Conselho Regional de Odontologia (Crosp). No Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito), houve 200 casos neste ano.
Já o Conselho Regional de Farmácia (CRF-SP) está com 170 denúncias de falsos profissionais. O Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) identificou até junho 898 pseudocorretores – no ano passado, foram 2.156 golpistas. E a OAB-SP investiga mais de mil processos com leigos se passando por advogados.
De acordo com o presidente do Creci, José Augusto Viana Neto, zeladores, síndicos e gerentes de banco com bom relacionamento são os que mais costumam exercer ilegalmente a corretagem de imóveis. “Isso é muito sério porque essas pessoas estão lidando com o bem maior das outras, que é o imóvel”, explicou.
Em todos os cantos da capital paulista, é fácil se ver placas de drenagem linfática. Mas só os fisioterapeutas podem realizar esse tipo de procedimento. “Se não for bem feita, pode causar danos ou até levar à morte, dependendo do problema de saúde que o paciente tenha”, garante Gil Lúcio Almeida, presidente do Crefito.
Ele acrescentou que já ocorreram duas mortes na cidade em decorrência dessa massagem feita de maneira errada. Em 2007, o órgão constatou que 2.100 salões de beleza do Estado ofereciam drenagem linfática. Os casos foram denunciados ao Ministério Público e cerca de 30% dos estabelecimentos tiveram de fechar as portas. A