O Conselho Federativo de Bombeiros Civis (CFBC) pretende apurar as circunstâncias em que ocorreu um suposto estupro de uma estudante de 20 anos por Luciano Ferreira, de 32 anos, integrante da categoria, anteontem, na boate Kiss & Fly, no Itaim-Bibi, zona sul de São Paulo. Independentemente das investigações, Ferreira terá cassado o direito de registro profissional por pelo menos um ano. O documento ainda não é obrigatório. A entidade busca, a partir desta semana, cadastrar profissionais de todo o País.
A avaliação do presidente do CFBC, Ivan Campos, é de que Ferreira cometeu falta gravíssima ao se envolver com a estudante, mesmo que tenha praticado sexo consensual, como alega em sua defesa. A vítima estava embriagada e recebia atendimento. “Nosso código de ética é claro em relação a isso e existe uma determinação para que não ocorra contato íntimo com clientes, colegas ou patrões durante o horário de trabalho.” A recomendação da entidade é para que, em casos como o da boate, uma mulher esteja presente durante todo o atendimento.
Ferreira foi preso em flagrante no 15.º DP (Itaim-Bibi) e, anteontem à noite, foi transferido para o 91.º DP (Ceagesp). O delegado responsável pela prisão, Luiz Roberto Pereira de Arruda, informou no boletim de ocorrência que houve estupro de vulnerável, já que a estudante estava embriagada, sem capacidade de saber o que acontecia.
O presidente do CFBC diz que, pelas informações do boletim de ocorrência, ainda não é possível saber se houve estupro ou sexo consensual. Campos diz que o bombeiro detido é casado, tem uma filha e que não havia queixas sobre ele até ontem.
O criminalista Ademar Gomes disse que a Daslu também poderá vir a ser responsabilizada pelo crime. “Ela é corresponsável no campo cível e pode vir a sofrer uma ação por danos morais e materiais.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.