O Conselho Gestor da Universidade de São Paulo (USP) decidiu, em reunião realizada hoje, encaminhar à Reitoria um pedido para o desenvolvimento de um protocolo para definir a ação da Polícia Militar no câmpus do Butantã, na zona oeste da capital paulista. O pedido deve ser enviado para análise do reitor João Grandino Rodas ainda hoje. Caso seja aprovado, uma nova reunião – ainda sem data definida – do conselho vai estabelecer as medidas práticas que serão tomadas para aumentar a segurança na Cidade Universitária.

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A reunião, em caráter extraordinário, ocorreu dois dias após o assassinato do aluno de Ciências Atuariais Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos. Na noite de quarta-feira, o estudante foi baleado na cabeça em um estacionamento da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA).

Os professores, alunos e funcionários presentes ao encontro não aprovaram o aumento do efetivo da Guarda Universitária nem novas medidas para controlar o acesso ao câmpus. O Conselho Gestor é formado por representantes das unidades de ensino e pesquisa, institutos especializados e museus, além de representantes discentes e de servidores. Segundo o professor José Roberto Cardoso, diretor da Escola Politécnica (Poli) e presidente do conselho, os limites da atuação da PM no câmpus serão estabelecidos após consulta à comunidade acadêmica. “A preocupação em relação às lembranças do tempo da ditadura será levada em consideração.”

Cardoso lembrou que está pronta a licitação que visa a melhorar o sistema de iluminação na Cidade Universitária. “O conselho nunca ficou parado e, em todas as reuniões, discute diversas ações a serem implantadas.” Segundo o diretor da Poli, o problema da iluminação se deve em parte porque, quando foi construída, nos anos 1960, não havia tanta vegetação no câmpus. “As árvores ainda eram baixas.”

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