O Conselho de Ética deve ouvir em instantes manifestações do senador José Néri (PSOL-PA), partido que entrou com representação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros e o advogado de Renan, Eduardo Ferrão. Após a leitura do parecer do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), favorável ao arquivamento da representação, vários senadores apresentaram pedido de vista do parecer. Resta saber se o prazo para exame do parecer será de cinco dias ou se Cafeteira dará um prazo menor.
A sessão está sendo acompanhada por vários assessores de Renan. O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR) avisou que Renan mandou suspender a sessão no plenário para que todas os parlamentares possam acompanhar a sessão do Conselho de Ética pela TV Senado. Se houvesse sessão, a prioridade de transmissão seria do plenário.
Entre as defesas feitas a Renan destaca-se a do senador Gilvan Borges (PMDB-AP). Segundo ele, "a vida privada do presidente do Senado está sangrando." No seu parecer, Cafeteira afirma que todos os fatos narrados na representação do PSOL "foram cabalmente esclarecidos, ficando demonstrado que os recursos questionados saíram de sua conta bancária e que todos eles tiveram origem lícita".
Cafeteira permitiu a manifestação do advogado de Renan, na sessão do Conselho, mas considerou desnecessário ouvir o depoimento da jornalista Mônica Veloso, com quem Renan tem uma filha de 3 anos de idade. Ela disse em entrevista à revista Veja que muitas vezes recebia o pagamento do aluguel do seu apartamento e da pensão alimentícia na sede da empreiteira Mendes Júnior em Brasília, das mãos do lobista Cláudio Gontijo.
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