O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) aprovou nesta segunda-feira, 9, um recurso e retomou o tombamento original da Praça Vilaboim, em Higienópolis, na região central de São Paulo. A decisão inviabiliza a continuidade de um projeto de prédio para o entorno, que foi alvo de críticas porque alteraria a visibilidade do icônico Edifício Louveira, do arquiteto Vilanova Artigas.
O projeto de mudança na área que envolve a praça havia sido indeferido em 2018, mas foi revisado e aprovado em recurso em fevereiro – mesmo com parecer contrário do Departamento de Patrimônio Histórico (DPH), da Prefeitura. Entidades de patrimônio e outros nomes entraram com novo recurso, acatado nesta segunda, para manter o limite de 7 metros de altura em duas quadras da Rua Tinhorão. Como a decisão anterior não havia sido homologada pela Secretaria Municipal da Cultura, ela não chegou a ter validade.
A mudança mobilizou moradores da região e professores universitários, que ajudaram a lotar a reunião do conselho nesta segunda. Antes da decisão, o arquiteto Samuel Kruchin, que havia pedido a revisão para um projeto de edifício, negou que a construção teria impacto expressivo na ambientação da região.
A Praça Vilaboim é tombada pelo Conpresp desde 2007. O tombamento destacou que a área está integrada a imóveis importantes da região, citando os Edifícios Louveira e Vila Marta, a Praça Buenos Aires e o bairro do Pacaembu. Conhecido pelas cores laranja e amarela, misturadas ao cinza do concreto, o Louveira é um dos projetos mais conhecidos de Vilanova Artigas.
Vila Mariana
O Conpresp também discutiu o tombamento ambiental da Chácara das Jabuticabeiras, na Vila Mariana, zona sul. Os conselheiros entraram em consenso sobre o tombamento, mas decidiram votar as diretrizes sobre limite de altura e arborização na próxima reunião, em janeiro. A reunião teve a presença de cerca de 30 moradores da região.
O Conpresp também aprovou nesta segunda projetos para aumentar a área de integração entre as linhas da Estação Santo Amaro e para o Parque Augusta – com deque, arquibancada, área de slackline, dentre outros.
Também foi aprovada a intervenção Aquário Urbano, que abrange 15 edifícios da República, no centro. A decisão traz diretrizes, como a exigência de anuência do proprietário ou outro responsável pelo imóvel.
Com o objetivo de se criar o maior mural de grafite do mundo, a proposta foi parar na Justiça e na delegacia, como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, porque o produtor responsável realizou a pintura de um prédio tombado sem a anuência do dono. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.