Brasília – O presidente do Conselho de Ética, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), disse nesta sexta-feira (6) que, se o Congresso Nacional entrar em recesso em julho, o colegiado não funcionará. ?Se o Congresso não funcionar, o Conselho de Ética não funcionará?, afirmou. Para deputados e senadores entrarem em recesso é necessário primeiro votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

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Na avaliação de Quintanilha, o recesso não atrapalhará as investigações uma vez que a Polícia Federal levará ao menos 20 dias para concluir a perícia sob os documentos apresentados pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

?Todos nós temos pressa. O Senado tem pressa, sobretudo os relatores. Mas não podemos atropelar as coisas, é preciso que aconteçam de forma correta, firme, transparente. Não há nenhum sentimento de postergação. Vamos fazer as coisas dentro dos prazos?, defendeu o presidente do Conselho de Ética.

O senador Renan Calheiros e o P-SOL já foram comunicados para que enviem ao colegiado, até terça-feira  (10), novos questionamentos sobre a investigação. Hoje, o presidente do Conselho de Ética esteve com o ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia.

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Segundo Quintanilha, a reunião foi marcada para tratar de assuntos relativos a seu estado e, na conversa, o ministro comentou das dificuldades que o Senado enfrenta. ?Ele falou que está acompanhando momento de tensão e dificuldade que Senado está vivendo.?

Ontem (5), um dos relatores do processo contra Renan Calheiros no Conselho de Ética, senador Renato Casagrande (PSB-ES), disse que o processo de investigação não deve ser encerrado antes de 45 dias. Os três relatores pretendem fazer um levantamento da evolução patrimonial de Calheiros entre 2002 e 2006.

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Estes dados, segundo Casagrande, serão utilizados na comparação de execuções de obras feitas pela empresa Mendes Júnior com recursos orçamentários, a partir de dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi).