Brasília – A Mesa Diretora do Senado transferirá para o Conselho de Ética a decisão de acatar ou não a nova representação do P-SOL pedindo a investigação de suposto tráfico de influência do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL) junto a órgãos federais para beneficiar a cervejaria Schincariol.

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A denúncia foi originalmente publicada pela revista Veja, segundo a qual o irmão de Renan, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL) teria vendido à Schincariol uma fábrica de refrigerantes no interior de Alagoas por preço acima do de mercado ? como forma de retribuir favores políticos.

A informação sobre o encaminhamento ao Conselho de Ética foi confirmada por Álvaro Dias (PSDB-PR), 2º vice-presidente do Senado, e por Tião Viana (PT-AC), 1º vice-presidente. A decisão foi tomada por 5 votos a 2, com base no regimento interno do Senado.

Agora, segundo Dias, compete ao presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO) definir a abertura ou não da representação. Líderes do PSDB e do DEM haviam dito mais cedo que, nessa reunião da mesa, eles defenderiam que a investigação fosse conduzida pela Câmara, uma vez que a denúncia estaria mais fortemente ligada a Olavo Calheiros.

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De acordo com Dias, a Mesa Diretora constatou que o regimento da casa impede que se mande a representação para a Câmara. ?A rigor, toda representação que for submetida à Mesa Diretora será encaminhada ao Conselho de Ética?, afirmou Viana.

Segundo o petista, a mesma regra deverá levar a que, amanhã, a Mesa Diretora decida encaminhar também ao conselho o pedido de abertura de processo contra Gim Argello (PTB-DF), suplente de Joaquim Roriz, que renunciou após ser flagrado em grampo da Polícia Civil do DF acertando a partilha de R$ 2 milhões de origem suspeita ? o dinheiro teria sido desviado do Banco de Brasília.

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