Conselho absolve Mário de Oliveira por unanimidade

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar aprovou por unanimidade (dez votos), nesta terça-feira (18), o parecer da deputada Solange Amaral (DEM-RJ), que pediu o arquivamento do processo movido pelo PTC contra o deputado Mário de Oliveira (PSC-MG). Ele era acusado de encomendar o assassinato do deputado Carlos Willian (PTC-MG), crime que não ocorreu.

Segundo a parlamentar, não havia provas que incriminassem Mário de Oliveira. "O conselho trabalhou por quase um ano e não conseguiu provar que a acusação seja verdade", afirmou Solange Amaral. "Aqui, do ponto de vista da Câmara, não há mais nada a fazer com os fatos que existem."

Depois da votação, Mário de Oliveira elogiou o trabalho da relatora e afirmou que se sentiu triste com todo o processo. "Não tenho passagem pela polícia nem tenho nada contra nenhum deputado. Vi meu nome jogado no ar de forma negativa, mas o processo no conselho foi a melhor coisa que me aconteceu, pois me inocentou", disse. "Se não houvesse a investigação do conselho estaria hoje sujeito a uma cassação injusta", complementou o parlamentar.

Ministério Público

Carlos Willian não estava presente à reunião. Em nome do PTC, a advogada Gerusa Agami Manato leu mais uma vez trecho do parecer da Procuradoria Geral da República, em que o Ministério Público afirma que de fato houve uma tentativa de um parlamentar encomendar o assassinato de outro.

Ela informou que Carlos Willian e sua família sofreram muito com todo esse processo. "O deputado é uma pessoa ilibada. Não vamos contestar o conselho, que é unânime e soberano. Vamos aguardar que a decisão tenha sido a mais acertada", disse.

Já o advogado do deputado Mário de Oliveira, Itapuã Messias, considerou o parecer do MP uma forma de "lavar as mãos". De acordo com o advogado, o documento afirma que houve um "ato preparatório" para um crime, mas também pede o arquivamento do caso, já que o crime não chegou a ocorrer. O advogado destacou que não foi levado em consideração o segundo depoimento da testemunha-chave, Odair da Silva, que negou a tentativa de assassinato de um parlamentar pelo outro. "Nem tudo aquilo que a Procuradoria-Geral da República diz é verdadeiro", ressaltou.

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