O sexto mês do ano traz uma das maiores celebrações para a tradição popular brasileira. Com paçoca, pinhão e quentão, são as festas juninas que preenchem os finais de semana, com forró e música sertaneja, na programação cultural e gastronômica do Norte ao Sul do país. No entanto, a origem do evento não é nacional.

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Originalmente, o mês de junho era o momento da colheita e da chegada do verão na Europa, celebrado com festas pagãs em diversos países do continente. Um deles era Portugal, que importou a festividade para o Brasil, durante o processo de colonização, no século XVI. A ideia original era comemorar o Solstício de Verão e afastar os maus espíritos ou qualquer praga que pudesse atingir a colheita.

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“Muitos historiadores atribuem a essas festas, realizadas na Europa dos séculos XV e XVI, a origem das nossas tão populares festas juninas. Elas existiam em muitos países europeus e eram celebradas de diferentes formas pelos povos. Com o tempo, as comemorações pagãs foram sendo lentamente incorporadas pela Igreja Católica e passaram a ser feitas em honra a três santos católicos”, explica o coordenador pedagógico, Robson Ghedini.

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Durante o processo de colonização e na busca por popularizar o catolicismo no Brasil, a igreja e os portugueses adaptaram a festividade aos aniversários de Santo Antônio, no dia 13, de São João, no dia 24, e de São Pedro, no dia 29 de junho. Foi com o passar do tempo que o nome da festa foi consagrado.

“Quando foi introduzida aqui, ela era conhecida como Festa Joanina, em referência a São João. Depois, acabou se tornando Festa Junina, em referência ao mês em que é realizada. E há quem estique a corda e faça a Festa Julina, já no mês de julho”, explica o especialista.

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Mesmo que importada, a tradição ganhou uma cara brasileira e relevância cultural. Em geral, os eventos começam na véspera do Dia de Santo Antônio, no dia 12 de junho, e seguem até o dia 29, dia de São Pedro. Principalmente no Nordeste, as festividades são responsáveis por movimentar a economia do meio do ano e por gerar identificação com as tradições, sejam elas religiosas, gastronômicas ou de vestuário.

“Algumas características peculiares das festas juninas têm a ver com o que é produzido e colhido em cada região, mas alguns alimentos são muito típicos. É o caso do milho, do quentão e do amendoim. As festas juninas têm o papel fundamental de resgatar as origens e fortalecer os usos e costumes de cada região do país. Elas são extremamente importantes para a essência brasileira porque refletem as várias peculiaridades de cada parte do nosso país”, destaca.

Além das comidas típicas, as danças, as roupas e as brincadeiras fazem parte da manutenção de costumes e das heranças chamadas de intangíveis, que são as transmitidas de geração em geração ao longo dos últimos cinco séculos.

O que??

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