O Congresso norte-americano aprovou na quarta-feira, 28, um projeto de lei que destina U$ 1,1 bilhão para o governo federal financiar temporariamente a luta contra o vírus zika, assim como fundos para conter a polêmica crise de água que vive a localidade de Flint, no Estado de Michigan.
Com 342 votos a favor e 85 contrários, a Câmara de Representantes aprovou de última hora uma resolução que havia passado pelo Senado (72 favoráveis a 26 contrários) e que dotará de recursos ao governo até 9 de dezembro.
O projeto segue agora para a Casa Branca, para ser ratificado pelo presidente Barack Obama, para que depois se comece a distribuir as verbas que incluem alocações de fundo que estavam pendentes.
Entre os fundos aprovados, destaca-se o pacote de US$ 1,1 bilhão para lutar contra a zika, doença que havia desencadeado uma feroz batalha entre democratas e republicanos do Congresso. Embora tenham recuado na semana passada, republicanos disseram durante meses que só aprovariam fundos de ajuda para combater a zika com a condição de que se impedisse a chegada de subsídios para as clínicas da Planned Parenthood, em Porto Rico, território dos Estados Unidos mais afetado pelo vírus.
Assim, os republicanos trataram de introduzir na iniciativa os ataques lançados durante meses contra a Planned Parenthood, a maior organização de planejamento familiar dos Estados Unidos, que estava no centro da polêmica após vídeos sobre venda de tecido fetal, gravados por um grupo antiabortista.
Uma e outra vez, democratas bloquearam a proposta e insistiram na urgência de aprovar os fundos para combater o vírus zika, que é transmitido por picada de mosquito, mas também por relação sexual.
No entanto, o principal ponto de atrito entre os dois partidos para aprovar a lei de gastos no Senado foram os fundos para enfrentar a crise de contaminação aquífera em Flint. Os senadores democratas chegaram nesta quarta-feira para bloquear o projeto de lei destinado a financiar temporariamente o governo federal pela relutância dos republicanos que finalmente deram o braço a torcer e incluíram US$ 200 milhões para Flint no texto aprovado.