Brasília (AE) – Os presidentes da Câmara e do Senado vão definir hoje o aumento salarial dos parlamentares que entrará em vigor na próxima legislatura, que terá início dia 1.º de fevereiro de 2007. O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), anunciou para hoje, às 12h, uma reunião conjunta das mesas diretoras da Câmara e do Senado e dos colégios de líderes das duas Casas, para definir o novo valor.

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Duas possibilidades são analisadas: a de se equiparar o salário dos deputados e senadores, que hoje é de R$ 12.847, ao dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), de R$ 24.500; e a de se reajustar o vencimento com base na inflação acumulada nos últimos quatro anos. O reajuste mais recente dos parlamentares foi concedido há quatro anos, quando o salário subiu de R$ 8.000 para os atuais R$ 12.847. Na ocasião, o valor era equivalente ao dos ministros do STF. ?Eu creio que só devemos dar reajuste com corte correspondente nos gastos da Câmara?, afirmou Rebelo.

Para o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci, a tentativa da Câmara e do Senado de aumentar a remuneração dos parlamentares para R$ 24.600 mensais provoca ?distorção? porque todos os poderes têm de buscar reajustes ?compatíveis? com as possibilidades do País. Dulci afirmou, porém, que a questão deve ser tratada ?institucionalmente? porque o governo não pode impor condutas ao Legislativo. ?Na minha opinião estritamente pessoal, qualquer tipo de reajuste superior aos parâmetros que estão sendo aventados para o conjunto dos trabalhadores brasileiros acaba gerando algum tipo de distorção?, argumentou.

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