Congonhas deve perder 4 mi de passageiros, prevê Jobim

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou na Comissão de Infra-Estrutura do Senado que espera uma diminuição de 4 milhões de passageiros por ano no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, com a redução para 33 movimentos/hora. Quando estava de 44 a 48 movimentos por hora o número de passageiros por ano chegou a 18 milhões, sendo que a capacidade de Congonhas é de 12 milhões.

Jobim reiterou que Congonhas não será mais ponto de distribuição de vôos e defendeu o uso de aviões menores para vôos domésticos e o fortalecimento da aviação regional. O ministro voltou a criticar o que chama de espaço vital nas aeronaves, condenando o pouco espaço que existe entre os bancos das aeronaves. Segundo o ministro "o espaço vital não é só comodidade, é segurança".

O ministro informou que vai mandar fazer um levantamento para verificar se as empresas estão cumprindo as obrigações trabalhistas, porque recebeu informações de que algumas companhias estavam sugerindo que seus tripulantes aceitassem prorrogar a jornada de trabalho. Ele também manifestou preocupação com o que chamou de "esgarçamento da frota aérea" por causa do uso excessivo das aeronaves, que pode gerar problemas de manutenção.

Na abertura da audiência pública, o presidente da Comissão, Marconi Perillo fez críticas ao sistema aéreo brasileiro e disse que o Brasil está atônito diante da falta de solução para a crise aérea. Ele defendeu a abertura de processo administrativo contra os integrantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), por causa do documento inválido entregue à Justiça para liberar a pista principal de Congonhas, no início do ano. Para Perillo, a Anac beneficiou as companhias aéreas e isso certamente teria contribuído para o último acidente, em SP.

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