Condenado traficante que se passava por diplomata

O italiano Roberto Pedrani, que se passava por diplomata, foi condenado a 33 anos de reclusão pela Justiça Federal de São Paulo, pelo crime de tráfico de drogas. A decisão ocorre em um dos processos oriundos da Operação San Lucca, deflagrada pela Polícia Federal em julho de 2008, que desmontou uma quadrilha que mandava cocaína da Colômbia para a Itália por uma rota que passava pelo Brasil.

Roberto Pedrani responde também por lavagem de dinheiro e uso de documento falso em outro processo da Operação San Lucca, da Polícia Federal. Além de Roberto, o colombiano Nestor Alonso Castaneda Arevalo recebeu pena de 23 anos e três meses de reclusão por tráfico e associação para o tráfico internacional.

A procuradora da República Carolina Lourenção Brighenti vai recorrer da decisão que absolveu Roberto Pedrani do crime de associação para o tráfico internacional de drogas. Para a procuradora, há evidências suficientes que demonstram que Pedrani era um membro ativo da organização e não um mero revendedor de drogas.

Pedrani foi preso em julho do ano passado, utilizando um passaporte diplomático italiano falso para burlar a fiscalização e passar com a droga sem ser revistado. Com o italiano, foram encontrados cerca de R$ 240 mil e 20 quilos de cocaína.

Dois meses antes, a Polícia Federal tinha realizado busca e apreensão na casa de outros membros da quadrilha. No total, foram apreendidos 124 quilos de cocaína que seriam entregues à Pedrani.