São Paulo – O inquérito que apurou os crimes praticados pelos novos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC), dentro e fora das prisões, foi concluído pela polícia na sexta-feira. Dez bandidos foram indiciados por formação de quadrilha. Entre os crimes do grupo estão atentados à bomba, assassinatos, extorsões e seqüestros.
Entre os indiciados está Wanderson Newton de Paula Lima, o Andinho, acusado de ser um dos assassinos do prefeito de Campinas, Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, e o principal financiador do PCC. Ele também é acusado de dezenas de seqüestros.
O inquérito, com mais de 400 páginas, tem diálogos das conversas gravadas pela polícia entre os chefes e os criminosos do segundo escalão do PCC. Nos diálogos, eles mandavam matar, obrigavam ladrões e traficantes em liberdade a dar dinheiro para a organização e discutiam a execução de atentados.
Durante as apurações, a polícia ouviu 25 pessoas – os acusados, suas mulheres e familiares. Os promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE), esperam receber o inquérito ainda nesta semana para preparar a denúncia contra os novos chefes do PCC: Marcos Herbas Willians Camacho, o Marcola, Júlio Cesar Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, e Sandro Aparecido da Silva Santos, o Gulu.