Dario Morelli Filho, compadre do presidente Luís Inácio Lula da Silva, negou qualquer envolvimento com a chamada máfia dos caça-níqueis em depoimento nesta terça-feira (5) na Polícia Federal de Campo Grande (MS). Ele confirmou ter um dos filhos batizado pelo presidente e afirmou ser amigo de Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão de Lula. Morelli também negou ser sócio do ex-deputado Nilton Cezar Servo, tido como o chefe de cinco grupos de donos de bingos e máquinas de caça-níqueis em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná e São Paulo. A informação é do advogado de Morelli, Nilton Fernando Talzi.

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Ainda segundo advogado, Morelli conheceu Nilton Cezar na casa de praia em Caraguatatuba, no litoral paulista, de propriedade de Vavá. Foi quando ele ficou amigo de Nilton Cezar, candidato a deputado federal nas últimas eleições. Talzi evitou comentar vários detalhes do depoimento, um deles sobre as conversas telefônicas entre Vavá e Morelli, alegando "segredo de Justiça".

Nilton Cezar, que era considerado foragido pela PF desde ontem, quando a Operação Xeque-Mate foi desencadeada, acabou sendo preso nesta terça-feira no final da tarde em Uberaba, cidade do triângulo mineiro, juntamente com o filho, Victor Emmanuel Servo. Victor defendeu o pai explicando que desde 2002 Nilton Cezar não tem qualquer relacionamento com o presidente Lula. O advogado Elder Rodrigues, que defende a família Servo das acusações, disse desconhecer registros sobre atividades de lazer entre Nilton Cezar e Lula.

Conforme o advogado, tanto Victor quanto Nilton Cezar Segundo, outro filho do ex-deputado federal, tinham negócios com máquinas de jogos legalizados. A prisão de Servo Segundo aconteceu devido a informações sobre máquinas caça-níqueis a uma pessoa não identificada pelo advogado. "As máquinas seriam para Victor, ex-dono de caça-níqueis em Campo Grande. A conversa foi gravada entre fevereiro e março deste ano".

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