Começou na tarde desta quarta-feira (2) o depoimento do jornalista Rogério Tagnan, da Folha de S. Paulo, intimado a falar como testemunha de defesa pelos advogados de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. Tagnan escreveu uma reportagem na época do crime sobre uma casa que fica nos fundos do Edifício London, onde aconteceu o crime, e teria sido arrombada. Ainda hoje, serão ouvidas outras 15 pessoas em defesa de Anna Carolina.
Entre as 32 testemunhas de defesa estão ainda o avô paterno de Isabella Nardoni, Antônio Nardoni, e a tia na menina, Christiane Nardoni, além de prestadores de serviço do Residencial London. Antônio e Christina devem ser ouvidos nesta quinta-feira (3). A avó paterna de Isabella, Aparecida, não foi chamada para depor. Neres de Souza disse que a defesa teve de "selecionar as testemunhas pela limitação legal que tinham" e que Aparecida estaria ainda "muito fragilizada".
Depoimentos da acusação, no entanto, deram conta de que Aparecida se preocupava com o ciúme doentio de Anna Jatobá e temia deixar a neta a sós com a madrasta, fatos que – se confirmados por Aparecida – poderiam prejudicar a defesa do casal.
Peritos
O médico alagoano George Sanguinetti e a ex-perita baiana Delma Gama também testemunharão a favor de Alexandre e Ana Carolina, confirmou Neres de Souza. Eles foram contratados pela família Nardoni para analisar os laudos da polícia científica paulista. Chamaram os documentos de medíocres, falhos e vagos.
Alexandre e Anna Carolina não virão ao fórum acompanhar as audiências desta semana. Segundo Neres de Souza, o pedido para dispensa partiu do casal e foi aceito pelo juiz. Eles reclamaram do transporte entre as penitenciárias de Tremembé (SP) e o fórum na capital paulista. "O transporte foi precário", afirmou o advogado. Nas audiências anteriores, o casal foi trazido em veículos da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).