Brasília – A Operação Leão Expresso 3, desencadeada pela Receita Federal para combater o contrabando e descaminho de produtos estrangeiros adquiridos ilegalmente pela internet e remetidos pelos Correios, não tem apenas caráter repressivo, mas também informativo. A afirmação é do coordenador de Vigilância e Repressão da Receita, Mauro de Brito.
O coordenador lembrou que o comércio está cada vez mais se modernizando e que a internet é uma ferramenta adicional para o consumidor. Segundo ele, a preocupação não é a internet em si, que surgiu para facilitar a vida das pessoas, mas a apropriação desse meio pelo crime, para as vendas ilegais.
?Nós demonstramos, por exemplo, que o próprio consumidor tem parcela de culpa dentro de um processo como esse, porque no momento em que ele encontra um produto com o valor muito abaixo do valor normal de mercado, ou ele está comprando um produto pirata, ou ele está deixando de cumprir algumas das obrigações que existem hoje?, acrescentou.
Só na quinta-feira (13), quando a Operação Leão Expresso 3 teve início, foram apreendidos 300 volumes de mercadorias contrabandeadas. Segundo a Receita, mercadorias irregulares, no valor de de R$ 100 mil, entrariam no país via postal, sem o pagamento de impostos.
O coordenador destacou que independentemente de operações específicas, as equipes da Receita Federal atuam diariamente e sempre encontram as mesmas irregularidades. De acordo com ele, no ano passado foram realizadas 1,6 mil operações, que resultaram na apreensão de cerca de 1 bilhão de mercadorias.