O Comando Nacional dos Bancários decidiu apoiar a proposta de reajuste salarial oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e recomendar aos sindicatos que ratifiquem os termos e suspendam, por tempo indeterminado, a greve prevista para ter início amanhã. No fim da tarde de hoje, os cerca de 150 sindicatos que compõem a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) farão assembléias para decidir se aceitam ou não o reajuste salarial de 6% proposto pelos bancos.
A exceção deve ser para os funcionários de alguns bancos públicos, que têm reivindicações específicas. Segundo a assessoria da Contraf-CUT, a Caixa Econômica Federal, o Banco do Nordeste (BNB) e o Banco da Amazônia (Basa) não apresentaram propostas em pontos específicos. Com isso, a tendência é que o Comando Nacional dos Bancários indique a continuidade da campanha salarial, inclusive com a convocação de greve a partir de amanhã.
No caso do Banco do Brasil (BB), a instituição fez uma proposta adicional à da Fenaban ontem, com melhorias na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e mudanças no Plano de Cargos e Salários (PCS) e na isonomia entre antigos e novos funcionários. Com isso, a expectativa é que o Comando recomende aos funcionários do BB que não entrem em greve.
Além do reajuste de 6% nos salários e benefícios, a Fenaban propôs a concessão de uma 13ª cesta alimentação por ano, no valor de R$ 252,36. Também houve mudanças no quesito da Participação nos Lucros e Resultados. No início das negociações, a Contraf-CUT estava reivindicando um reajuste salarial de 10,3% PLR equivalente a dois salários, além de uma parcela fixa de R$ 3.500, distribuída de forma linear para todos os profissionais.
A decisão sobre a realização de uma greve será tomada nas assembléias dos sindicatos dos bancários, hoje. Para que a proposta dos bancos seja aceita, é necessário que a maioria dos sindicatos decida ratificá-la. Em São Paulo, os encontros serão realizados a partir das 19 horas, em três locais diferentes, de acordo com os bancos em que os profissionais trabalham. Essa descentralização ocorre para que sejam analisadas possíveis propostas específicas de cada instituição.
