Rajadas de vento a 90 km/h atingiram cidades da Baixada Santista na manhã desta quinta-feira. Com os ventos fortes, o fornecimento de energia elétrica foi interrompido em bairros de Santos, São Vicente, Praia Grande e Cubatão.
A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), responsável pelo fornecimento da região, informou em nota que atua “com todo o seu contingente para restabelecer o fornecimento de energia elétrica o mais breve possível”. A Defesa Civil de Santos não foi localizada para informar quais foram os danos.
As rajadas causaram impacto nos túneis das rodovias Anchieta e Imigrantes no trecho de serra, que ficaram sem energia. A Ecovias, concessionária responsável pela administração do sistema, orienta os motoristas a redobrarem a atenção e acenderem os faróis nesses trechos.
De acordo com a meteorologista Naiane Araujo, do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), as rajadas podem ser consideradas fortes. O fenômeno foi causado por uma área de baixa pressão atmosférica que atua nos níveis altos em relação ao solo.
“A região está com circulação ciclônica, uma área de baixa pressão que está atuando entre o Mato Grosso do Sul e São Paulo”. Naiane nega que haja influência de frente fria, mas diz que, como o vento se articula do oceano para o continente, o ar deve circular mais fresco, embora não tão frio.
O pico da velocidade do vento foi registrado na Estação da Aeronáutica, entre 9h30 e 10h desta quinta-feira.
Curitiba
O mesmo fenômeno ocorreu na madrugada desta quinta em Curitiba (PR), onde houve blecaute e queda de árvores. A capital paranaense enfrentou ainda mais dificuldades porque estava mais próxima da área de baixa pressão. Esse padrão atmosférico favoreceu o mesmo tipo de situação meteorológica que ocorreu na Baixada Santista nesta manhã.