O site da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informa que a redução da pressão da água na Saúde, zona sul da capital, vai das 13h às 5h30. Mas no condomínio da engenheira Aurilene Santana, de 46 anos, que fica a um quarteirão da estação de Metrô do bairro, o abastecimento só dura meia hora por dia.

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O volume de água que entra no período não enche nem 1/4 dos três reservatórios que abastecem os prédios onde vivem 192 famílias. São apenas 30 mil litros ao todo, ou seja, 50 litros por pessoa ao dia, menos da metade do recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU): 110 litros.

“Faz 15 dias que está assim. Reclamamos na Sabesp e eles dizem que o condomínio fica no fim do ramal de distribuição e por isso somos mais afetados pela redução da pressão. Não há mais o que fazer. Já autorizei os moradores a usar água da piscina em casa e vamos entrar com uma medida judicial para cobrar o mínimo necessário de água e o ressarcimento do que já foi gasto”, disse Aurilene, síndica do prédio, que já pagou R$ 5,4 mil só com caminhão-pipa.

A redução da pressão no local é tão drástica que nem mesmo um rodízio interno que já é feito no prédio consegue estocar água nas caixas. Muitos moradores nem sequer conseguem aproveitar os poucos minutos em que há água no prédio. É o casa da designer Isabela Berger Sacramento, de 33 anos. “Nós ficamos quatro dias completamente sem água. É degradante. Você não tem o mínimo nem para as necessidades básicas.”

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Em nota, a Sabesp diz que a Saúde “está em área de redução de pressão” e que “tem promovido ajustes na gestão de pressão justamente para evitar que moradores fiquem mais de 24 horas sem água, mas imóveis em regiões mais altas e distantes dos reservatórios podem levar mais tempo para ter o serviço retomado”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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