São Paulo – Ainda não foram identificados 17 dos 85 mortos em troca de tiros com a polícia paulista, de sexta-feira até ontem, recebidos pelas duas unidades do Instituto Médico-Legal (IML) da capital. Por lei, há um prazo de 72 horas para as famílias reclamarem os corpos. Depois disso, mesmo se identificados, serão enterrados como indigentes. Mas muitos estão desistindo de procurar seus mortos, com medo de serem marcados pela polícia no saguão dos IMLs. ?Nossa preocupação é evitar que sejam sepultados como desconhecidos?, explicou o superintendente da Polícia Técnica Científica, Celso Perioli. O Ministério Público Federal (MPF) também exigiu que uma checagem melhor seja feita antes dos enterros.

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O secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, teria mandado recolher nas unidades dos IMLs todos os laudos de mortes ocorridas em confrontos com a polícia na semana. A ordem é que essa documentação, que é pública, fique concentrada em seu gabinete.

Ontem, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) divulgou novo balanço dos ataques registrados nos últimos nove dias. De acordo com a SSP, foram 299 ataques; 41 policiais e agentes mortos, sendo que 21 deles estavam de folga; 109 suspeitos e criminosos mortos (entre confrontos com policiais e duelos em rebeliões) e outros 125 detidos; quatro cidadãos comuns também mortos e outros 16 feridos. A SSP divulgou ainda que a polícia também apreendeu 149 armas nos últimos dias.

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