O número de casos de dengue cresceu quase 200% na capital paulista nas oito primeiras semanas do ano em relação ao mesmo período do ano passado. Balanço divulgado nesta quinta-feira pela Secretaria Municipal da Saúde mostra ainda o aumento de potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti em recipientes que estão sendo usados pela população para armazenar água por causa da crise hídrica.

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Até o dia 28 de fevereiro, a cidade teve 1.833 casos confirmados da doença, ante 613 nos dois primeiros meses de 2014. Uma morte foi confirmada na semana passada e outras duas estão em investigação. A secretaria informou ainda que, em levantamento realizado em fevereiro em imóveis de São Paulo, foi detectado aumento de 212% no número de baldes e regadores que armazenavam água de maneira inadequada. No caso de caixas de água extras, a alta foi de 135%. A comparação foi feita em relação ao mesmo levantamento de outubro de 2014.

“A hipótese levantada por nossos agentes de que o armazenamento de água por causa da crise era um dos motivos da alta da dengue se confirmou nessa pesquisa de campo. Podemos dizer que esse é um fator de alto impacto no crescimento da doença, principalmente na zona norte”, diz Paulo Puccini, secretário adjunto da Saúde. A região citada pelo secretário é a mais afetada pela dengue, com 45% dos casos confirmados. Limão, Jaraguá e Brasilândia são os distritos com as maiores incidências.

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