Rio – Depois de ter criado polêmica na sua posse, em janeiro, afirmando que o Brasil tem todas as condições para a construção de uma bomba atômica, o ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, anunciou ontem que o País vai enriquecer urânio a partir de 2004 e já pode pensar em construir Angra 3. Desmentido pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro, o ministro Roberto Amaral afirmou a jornalistas, no Rio, que desta vez não haverá conflito. “Isso não poderia ter sido feito à revelia do presidente, não existe decisão técnica, todas as decisões de administração são decisões de Estado, políticas, e decididas pelo presidente da República”, explicou Amaral em evento no Rio.
O Ministério vai investir R$ 250 milhões para que em 2010 o Brasil já esteja produzindo 60 por cento do urânio enriquecido utilizado pelas usinas nucleares Angra 1 e 2. A partir de 2014, o País poderá se tornar auto-suficiente e exportar o produto. Segundo Amaral, os mercados-alvo do País são os Estados Unidos e a França, que recentemente divulgaram sua opção de investir na geração de energia nuclear.