Colegas comemoram decisão da Justiça de soltar ativistas

Os colegas de Fábio Hideki Harano e Rafael Marques Lusvarghi comemoraram a decisão da Justiça de mandar soltar os ativistas, mas criticaram a forma como os dois foram tratados pela polícia e pelo Judiciário.

“Não foi feita Justiça. A situação do Fábio ainda é de um marginal, um bandido. Ele é um trabalhador da Universidade de São Paulo que estava apenas reivindicando os direitos dele”, afirmou Solange Conceição Lopes Veloso, diretora do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) e colega de Harano. Segundo ela, as provas contra o ativista foram forjadas pela polícia.

Black bloc

“Ele jamais foi um black bloc, nunca andou com nenhum material explosivo na bolsa. Para que a Justiça seja realmente feita, o Estado precisa pagar uma indenização para ele”, disse Solange. “Mesmo com ele estando solto, livre, ninguém vai conseguir retirar essa marca que deixaram nele.”

Para Rafael Padial, do coletivo Território Livre, “pela primeira vez foi feita Justiça” após a prisão de Lusvarghi e Harano. “Infelizmente, muitas outras prisões arbitrárias vão continuar existindo. Isso vale para os trabalhadores, a periferia e os estudantes. Vamos continuar lutando”, afirmou.

Copa

O grupo Se Não Tiver Direitos Não Vai Ter Copa, que organizou o ato na Avenida Paulista em que os ativistas foram presos, também comemorou. O coletivo desejou “bom retorno” aos dois manifestantes e cobrou a Justiça. Os ativistas pedem ainda que todas as acusações contra a dupla sejam retiradas.

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