Mais de 200 especialistas reunidos pela Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura elaboraram um documento com a visão de futuro das florestas e do agronegócio brasileiro. A proposta se chama “Visão 2030-2050: O Futuro das Florestas e da Agricultura no Brasil”.
O plano sugere implementar quatro pilares fundamentais para o uso da terra: produzir mais e melhor por meio da agropecuária e silvicultura, criar valor e gerar benefícios a partir das florestas nativas, acabar com o desmatamento, e viabilizar políticas públicas de Estado e instrumentos econômicos alinhados e integrados. A partir de cada um desses pilares, os autores traçam cenários para 2030 e 2050, anos importantes no Acordo de Paris, cujos países signatários se comprometeram a cumprir metas para evitar um aumento maior do que 1,5ºC na temperatura global.
No cenário traçado para a agropecuária e a silvicultura, em 2030 o Plano ABC já terá avançado significativamente. Além disso, o Plano Safra terá seu portfólio totalmente vinculado a práticas de baixa emissão de carbono. Já em 2050, o cenário traçado teria o Código Florestal implementado em todo o território nacional e práticas produtivas sustentáveis, como a intensificação da produção em áreas degradadas, serão regra.
Em 2030, no cenário descrito no documento, a silvicultura com espécies nativas já será uma atividade relevante economicamente para o País. Isso ocorreria por causa do avanço resultante de pesquisa e desenvolvimento, à aplicação do Código Florestal, a incentivos financeiros, entre outros motivos.
Fazem parte da Coalizão Brasil a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) Cargill, Basf, Fibria, Gerdau, Carrefour, dentre outras dezenas de instituições e companhias.